sábado, 23 de fevereiro de 2013

As ruas estão desertas, o silêncio é uma constante e, até o pobre do cachorro, estranha a presença do homem...

A desertificação de todo o interior  é uma triste realidade. Sem empregos, sem escolas, sem hospitais, aos jovens e aos menos jovens não lhes resta outra alternativa: procurar noutras paragens trabalho e qualidade de vida. As casas vão ficando abandonadas, os donos não regressam e, novos "inquilinos" se instalam. Nesta fotografia captada numa aldeia do Douro, o verde das plantas e árvores no interior naquilo que em tempos foi uma habitação,  parecem anunciar o fim duma aldeia. As ruas estão desertas, o silêncio é uma constante e, até o pobre do cachorro, estranha a presença do homem que teima em regressar, ao sítio onde foi feliz.
No entretanto, as velhas escolas primárias outrora cheias de crianças são agora, centros de dia, quiçá, depósitos de idosos, que contam os dias, à espera dos filhos – que tardam em chegar.


Por: A. Madeira

Um comentário:

  1. grande verdade, amigo! as fotos são de uma aldeia do Douro mas podiam ser da nossa terra onde tambem abundam exemplos similares.
    Um abraço.
    José Luis Baptista

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